sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dor chamada amor

Está doendo muito. Uma dor que nunca passa. Que mesmo que eu deseje que eu faça de tudo, insiste em permanecer em mim, bem no local mais difícil de saná-la: meu coração. Parece uma ferida incurável, que com o tempo ela forma cascas, mas quando eu menos espero, essas cascas são retiradas contra minha vontade e fazem sangrar meu coração, que lateja de dor contra sua própria vontade. Eu preciso descobrir o que vai fazê-lo melhorar, ou talvez eu já saiba, mas não queira simplesmente acreditar. Algo tão impossível que me faz acreditar que estou louca e preciso de tratamento psiquiátrico urgente.
Acredito eu, que pelo fato de muitas vezes todas essas feridas com prazos intermináveis me fazerem sofrer tanto, eu quero achar a cura agora. Preciso saber qual remédio que vai fazê-las sarar e passar, durante horas, dias, meses, anos se assim for necessário para que essa dor insuportável passe. Dor da falta de sentimento, ou a grande quantidade de capacidade, mas a falta de oportunidade.
Enquanto em muitas das minhas buscas eu não encontrava nada, decidi desistir. E foi então,quando desisti,que me apareceu algo diferente. Não, eu não quero pensar mais nisto, não quero me ver desejando o fruto proibido. Não quero me ver proclamando sequer o nome daquele genérico que diz melhorar minha dor. Mas isso vai acontecer por quanto tempo? Quem me prova que daqui um dia a casca que foi formada e revestida por pele não vai sofrer outro arranhão ou até mesmo fratura exposta? Ninguém. E o pior é que somente eu, meu coração e o arranhão ou a fratura vai sentir a dor intolerável que vai me fazer rastejar, gritar, chorar, pedir pra parar e prometer nunca mais pensar sequer em senti-la novamente.
Então é sempre assim não é? Primeiro a busca cansável que nos leva a algo melhor. Depois a dor que não tem data para voltar. Aliás, ela já está doendo, porque não tem remédio, ele não existe, apenas no meu psicológico. Eu vou tratá-la, mas com o remédio certo: a frieza. Não quero coisas irreais e você, pra mim, é irreal. E pode ser que isto muda, ou também que continue assim. Tanto faz, mas não quero me ver sofrendo por algo que não tem a menor noção do que me causa. Não enquanto não vale a pena.

(12 de Fevereiro de 2010) #

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