terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sem Remetente

Tomei dois goles de café. Olhei pro tempo e sussurei como reclamação: chuva, de novo. Peguei um guarda-chuva. Precisava me manter acordada, então tomei o resto do café que havia no copo.
Era uma sexta-feira, então eu teria de ir trabalhar. Motivador. Eu queria mesmo era dormir, porque estava cansada de abrir os olhos e enxergar coisas erradas. Queria comer e dormir, somente isso.
Sai de casa, peguei as cartas na caixa de correio e passei em uma padaria e comprei meu doce, como todos os dias. Porém, uma coisa fiz de diferente: resolvi ir andando ao serviço. Tinha tempo, sai mais cedo pra sentir o vento e as leves gotas de chuva em meu rosto. Abri o guarda-chuva pra não chegar ensopada de água no escritório.
Andei durante vinte minutos. Cheguei a Marie Claire e como de costume, agradeci, antes de passar pela porta de entrada, por conseguir o emprego dos meus sonhos. Eu era a editora chefe da revista, e não me importava em andar a pé. Era a vida que eu queria, jogada em minhas mãos.
Passei pela porta, dei bom dia a Carl. Subi o elevador e quando cheguei ao meu andar, fui direto a minha mesa. Sentei. Tirei as cartas de minha bolsa e começei a abrir. Cobrança, cobrança, cobrança, cobrança. Ótimo, nada de novidade.
Mas, uma não era cobrança. Era uma carta sem remetente, com letra conhecida escrito o destinatário. Abri a carta.
"Desculpe, eu sei que pode lhe parecer estranho, mas eu deixei pra depois mesmo. Pedi que colocassem no correio se eu morresse antes de você. Não é legal, mas eu precisava lembrar a você que nada está perdido, principalmente meu amor eterno que eu tanto lhe prometi."
Me veio o nó na garganta. Por que eu ainda havia de me lembrar? Eu mesma respondi, só que em voz baixa: Por mais que eu achasse que é a vida perfeita, basta uma batida mais forte do meu coração pra eu perceber que não é. Basta o meu ouvido ser invadido por certo nome que eu sei que falta tudo. Eu só tento fingir o errado, mas na verdade, o certo não existe. Porque o certo se foi assim que você deitou-se naquela caixa marrom horrível e parou de falar, sorrir, olhar... respirar. Parou de dizer o quanto me amava.
Obrigada por lembrar, por me fazer lembrar. E a propósito, eu também te amo.

Naquela noite

Depois de algum tempo, eu descobri o lado bom da vida bebendo. Sai com os meus amigos e resolvi exagerar. É, nem eu imaginava, afinal eu sempre fui considerada a certinha e o tipo de pessoa que nunca pensa em coisas boas atraves de travessuras.
Eu parei de pensar nas coisas que eu achava que me faziam bem, dos problemas, dos estudos, da minha vida. Meus amigos perguntavam se eu havia enlouquecido e eu só dizia "estou curtindo minha vida, não é isso que voces dizem pra eu fazer?"
Cai na rua, passei vergonha. Tive que ser levada pra casa por pessoas desconhecidas. Minha mae surtou, disse que eu nao podia fazer isso com ela, que eu era o exemplo e estava chegando bebada. Eu só ria. Tomei banho, deitei na cama, levantei correndo. Vomito. Prazer, ressaca.
Enquanto eu vomitava tudo, começei a me lembrar porque eu havia cometido tamanha estupidez. Henri. Ele havia prometido amor por mim e no final era tudo mentira. Eu larguei de ser a estudiosa para ser a tola apaixonada. No final eu, como minhas amigas ja adivinhavam, eu acabei sem nada. Tentei beber pra esquecer, e só me fez ficar pior.
Ficar tão ruim que descobri estar doente. Mesmo antes nunca ter colocado uma gota de alcool na boca, eu não podia beber. Alcool tampava minhas vias respiratorias e me fazia morrer em dose exagerada. Eu não sabia.
Enquanto vomitava, percebi que faltava respiração. Tentei gritar, mas nao consegui. Me lembro de ter desmaiado e minutos depois, ver meu corpo caido no chao do banheiro sem reação. Lembro da preocupação da minha mae me vendo sem respirar. Ela gritava, sem ao menos conseguir pedir ajuda.
Eu morri ali, nos braços de quem realmente me amava. Enquanto eu morria de amores por alguem que era só ilusão, eu estava bem e não percebi a doença.
Os médicos contaram a minha mae que eu estava doente e que teria de me cuidar. Depois de assimilar tudo entendi o que ela sempre me dizia. "Seja estudiosa, não abuse em coisas proibidas. Não é certo e não lhe faz bem."
Voce chorava como criança no meu enterro. E pedia pra que alguem me tirasse dali. Eu via sua dor, só não acreditava. Porque quando você viu a minha dor ao te perder, você não acreditou.
E eu não voltei, porque quando você teve a chance de me ver voltando, falhou. Na vida só existe uma chance, faça valer a pena.
Fui, e você ficou, só com as lembranças, pensamentos e sonhos pertubadores da noite em que me deixou para que eu pudesse tentar morrer. Sim, eu consegui. Você conseguiu, parabéns.

She, He... Love

S: Ora essa, o que faz aqui?
H: Lembrei de mim, procurei você.
S: Você não está mais em mim, vá te procurar em outro lugar.
H: Eu estou onde quero estar, não onde você quer que eu esteja.
S: Mas eu sempre quis que você estivesse aqui, você que nunca ficou.
H: Porque não era a hora.
S: E quando vai ser então?
H: Agora.
S: Mas agora não tem.
H: Enquanto existir desejo, terá.
S: Tem vontade, não desejo.
H: E se eu te beijar terá desejo?

(silêncio... beijo demorado)
S: Terá amor.

Solidão pra quem consegue lidar

Descobri que precisava pensar. Talvez, depois da adolescência aproveitada, minha vida me daria tempo pra pensar. Talvez, o mundo, depois de tantas guerras e fracassos, automaticamente daria essa oportunidade. Ou então não existia tempo de pensar, tempo pra pensar. O mundo, o tempo, as pessoas passam rápido demais.
Mesmo sem nada a meu favor, eu precisava. O meu mundo estava diferente. Não melhor, nem pior... apenas diferente. Eu queria mudança sem ação imediata. Queria e precisava pensar. Foi então que encontrei tempo no medo, na solidão, na falta de tempo. Descobri medos no certo e solidão no amor perfeito (até então era). Perdi o tempo, enfrentei o medo.
Deixei a solidão pro mundo porque no amor eu não sei praticar um verbo sequer.

The monkey man

Vou comprar um macaco. Talvez, pra alguns, possa parecer uma idéia bem estranha, mas não. Quero entender, já que acredito na evolução do macaco até ser humano, como podemos ser tão piores que macacos. Melhor: quero entender como homens vieram do macaco.
Caçarei suas pulgas e carrapatos. Vou lhe dar amor e carinho. Sera que ele me tratará igual a você, com arrogância e desafeto? Estará sempre me criticando, observando apenas meus defeitos? Talvez eu até me apaixone. Tudo bem, não vou me apaixonar, mas talvez eu prefira ficar vivendo amiga de um macaco do que "namorado" de um lagarto. Está mais pra crocodilo, réptil, pele, coração, alma fria.
E então, depois de descobrir tudo sobre o macaco e achar algumas semelhanças com você, vou lhe dar duas opções: te dou uma cascavél ou um urso panda. Você escolhe, aprende e depois faça escolhas.
Só lhe adianto que cascavél é a asquerosa que você chama de namorada, e urso panda eu, a amante. Esperta, violenta, mas sei muito bem quando usar.
Pois bem, estou usando agora, pra me defender de um homem macaco mal formado.

Se...

Você acreditaria se eu te disesse que quando eu sei que vou te ver, meu coração bate mais forte? Que quando eu não te encontro em lugar algum, meu peito aperta, me fazendo acreditar que não existe mais coração? Que minha respiração, mesmo ofegante, é melhor com você por perto? Que minhas mãos, involuntariamente, vão aos seus cabelos quando têm vontade? Que você foi o único que desde o começo eu consegui olhar nos olhos enquanto dizia que me amava? Que eu tive medo de perder desde o primeiro beijo? Que eu dou risada das coisas bestas que você faz mesmo depois de dias? Que eu nunca me senti tão completa em tão pouco tempo?
E se eu te disser que quero tudo isso pra sempre, acreditaria? É, eu te amo.

Eu amo... amar você

Não é que eu gosto de você. Eu tenho arrepios, que vão da cabeça aos pés toda vez que voce chega bem perto. Tenho pensamentos felizes toda vez que te vejo sorrindo. Eu tenho vontade de cantar, toda vez que sua voz invade meu pensamento e me diz exatamente aquilo que desejo ouvir. Tenho mania de caretas quando você sorri. Não é que eu sou uma maníaca viciada em você. Eu apenas fico te olhando enquanto seu sono chega e seus olhos vão se fechando. Fico vendo voce sorrir enquanto eu digo algo engraçado. Fico olhando seus olhos brilhando enquanto me olha. Eu fico prestando atenção em cada movimento seu, pra ver se percebo um desconhecido. Eu fico olhando fotos, vendo suas mudanças, vendo minha cara refletida na sua. Não é que eu gosto ou sou viciada em você. Já passou disso. Hoje, e por muito, muito tempo, eu vou é te amar, sem me esquecer de nenhum detalhe e perfeição sua.
Sim, eu vou te amar o quanto a gente quiser, o quanto eu puder.

Amigo é amigo

Por mais que a gente não queira, se distancia. Cada um vive sua vida, faz tuas coisas e se esquece de algumas coisas. Esquece das conversas, dos telefonemas, das chamadas de video, das caretas, das promessas. Simplesmente esquece. A culpa é tua, é minha. De ninguém. Um dia lembra mais, um dia menos. Um dia dói, no outro fica feliz por tudo ter acontecido.
Você ainda é aquele que eu chamo de remédio. É aquele que eu vou visitar e ficar feliz por conhecer. Você é meu melhor amigo a distancia e nunca vai existir outro igual. Mas a distancia existe, acredite! E nós só nos adaptamos demais a ela.
Volta pro meu computador e diz que está tudo bem. Que não tem segredos de mim.
Me faça sorrir, porque eu amo você.

Destino Incompreensível

Só me diz que eu estou ai dentro, porque voce está aqui. Tem dias que mexe, dias que fica parado esperando eu te chame. Dias que me faz sentir saudade, que me faz sentir vontade. Vontade de você. De saber ao certo se tudo isso um dia ia ou vai existir. De saber se todos os nossos planos e promessas irão ser cumpridas. Se nosso destino foi realmente ligado ou se nós quem nos metemos.
De qualquer forma, você me ligou a você, e não há como soltar. É como uma relação eterna, que mesmo com toda distancia, a distancia não existe quando existe um sorriso, quando existe aquela voz dizendo o que eu exatamente queria ouvir. É a sua voz.
Será que se eu tivesse mudado meu passado isso iria continuar? Talvez daqui dias, meses, anos, tudo volte ao normal. Todas as promessas e planos voltem. E eu esteja dentro de você do jeito que era antes. Do jeito que nos enxergavamos antes.
Com o coração.

Tudo menos amor

Acendeu um cigarro de marca desconhecida. Cansou de esperar conseguir dinheiro para aquele que gostava.
Resolveu ler um livro, escrever versos, tentar aprender musicas em francês. Tirou pedaços importantes do livro, afinal precisava estudar pra prova da faculdade.
Ela tinha que pensar. Estava confusa demais quanto aos seus sentimentos, pensamento, coração. A cada cinco minutos seu coração batia mais forte. a cada verso de musica traduzida, sua pupila dilatava e seu pensamento ia longe, ia no passado. Ela queria dizer. Queria soltar todas as palavras engasgadas em sua garganta. Queria pensar, mas não pra dizer. Queria sonhar, mas não com o que a estava incomodando. Pudera ela ter escolhas! Tudo, mas tudo mesmo que ousasse fazer, tinha interferencia de tal nome, tal cigarro, tal face. Ela queria, ela um dia quis, e ainda quer.
Deixou a faculdade, os livros, a musica, o pensamento pra lá. Deixou que a fumaça invadisse a sacada de seu apartamento. Deixou a mente esvaziar e seu coração secar.
Desistiu de pensar. E de fumar, pra sempre, aquele cigarro que tanto queria. Que fumavam juntos quando seu coração ainda batia.

Somente a mim

Eu chorava muito. Me lembro da maquiagem que havia feito estar completamente borrada. Meu peito implorava gritos, amor, coisas reais, coisas verdadeiras.
Eu queria tanto que tudo que me dizia fosse mentira! Você se esqueceu de todo o amor que me prometeu, de todas as promessas de nunca me abandonar.
- Quando o ser humano é fraco, o amor torna-se uma mentira. Vá, leve seu coração e não o traga nunca mais. Me abandone, e que seja pra sempre.
Foi a unica coisa que eu consegui te dizer em meio das lágrimas. Você, então, se foi. Meu peito se esmagou, desejou mais uma vez que eu gritasse pra você voltar, mas eu não obedeci.
Fiquei calada, sentindo que mesmo sofrendo, seria melhor. Eu havia me tornado dependente de você, e não era algo necessário. Eu precisava saber viver sem alguém, viver por mim, viver comigo. Precisava lembrar que, há três anos atrás, antes de você aparecer, eu tinha amigos. Eu precisava de tudo isso pra enxergar que mesmo parecendo, eu não estava sozinha, vazia.
E foi então que, olhando você partir, eu percebi que não havia mais necessidade de tanto. Eu estava ali, comigo mesma, fazendo tudo dar certo, mesmo cometendo erros.
Eu perdi um motivo de sorrir pra aprender a sorrir sozinha.

Inverno

Tudo fugiu de novo. As palavras, que eu tanto queria dizer, foram aos poucos se esquecendo da minha mente, do meu corpo, do meu coração. Parece que vomitei, que ao invés de comida, foram palavras. Elas não queriam ficar dentro de mim e então, o pouco que sobrou porque eu forçei, se escondeu.
Me falta tudo e nada ao mesmo tempo. Está tudo aqui, bem dentro de mim, pronto pra ser passado, pra ser mostrado ao mundo mas este tudo não quer. Prefere ficar escondido, fingindo ter sumido, ido pra outro canto.
De que me adianta agora? Nada faz sentido, nem meu sorriso mais. Meus olhos suplicam pensamentos, mas minha boca engole seco tudo que queria soltar. Solte, me liberte! Eu preciso que esse nó se desfaça pra que eu possa... dizer aquilo a você. Aquilo mesmo, que eu prometi semana passada, que venho lhe prometendo há um mês mas não tenho coragem.
Minha coragem, meu pensamento, meu tempo, minhas palavras, tudo foi levado pra um lugar quente, porque aqui, no meu peito, estavam morrendo de frio. Claro, meu coração ultimamente congelou junto com o inverno. O inverno que seu amor me trouxe.

Amnésia

É engraçado como você não me reconhece mais. Parece que sofreu amnesia, ou algo do tipo, que te fez apagar totalmente seu passado. Eu faço parte dele, mas seria bem melhor se fosse do presente.
Eu lembro quando você entrou na minha vida. Quando entrou em casa e me viu quase nua. Você ficou tão vermelho! Naquela época nós éramos inocentes. E eu acreditava na amizade, no amor.
Tudo mudou tão rápido. Um dia estavamos nós tentando dar uma chance ao futuro, e o presente foi levado pro passado, pro esquecimento. Eu fico meses sem lembrar, sem pensar, sem olhar pra trás e perceber que você esteve ali. Mas as vezes, como tudo na vida, eu lembro.
Eu não queria lembrar, não mesmo. Eu queria ser igual a você: Olhar e fingir que é transparente, que nem sequer te conheci; Esquecer de tudo que vivemos num passe de mágica, como se fosse simples e indolor.

Mas eu não consigo. Eu ainda te amo.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pedaços

Flashes. Memórias compartilhadas somente comigo. Sonhos de sorrisos inexistentes. Palavras de histórias inexistentes. Sentimentos sem felicidade, sem vontade de existir. Meu coração resistiu aos pedaços que foi partido por alguém que não o merecia. Pobre assassino! As lembranças de algo sem valor só atrai infelicidade. Os batimentos diminui, quase param, mas arrancam força da própria força e continuam, mesmo fracos e sem saber ao menos porque continua insistir em bater pra sofrer. Pobre sofredor! Detalhes desperdiçados, correntes de ar passadas despercebidas. Sorriso sem compreensão que, aos poucos, deixaram de existir. Sorrir pra não chorar. Não chorar, somente isso. O choro lembra dos flashes, dos pedaços, dos batimentos, das correntes, dos detalhes, de você. Ou de tudo que você não quis perceber, mas eu, como pequena apaixonada, percebi. Pobre infeliz!

Sentido Irracional

Usei o sentido errado. Soltei palavras que não tinham sentido algum. Menti. Fiz com que tudo que te disse parecesse verdade, mas não. Nós sabemos, você é aquele alguem. Meus olhos diziam coisas a mais. Coisas que minha boca não conseguia dizer. Não tinha permissão. Palavras falsas. Disse amizade quando tive vontade de dizer amor. E quando fui dizer amor, na verdade era amizade. Fui irracional. Pensei somente em mim, ou só em alguém que hoje não me importa mais, não nos importa mais. Você é quem eu falei amizade, e hoje é só amor.

Mesmo sem pensar, hoje foi a melhor coisa que fiz. Fingir amizade por você.

Ecos Amargos

Eu olho fotos. Me traz lembranças de um passado futuro. talvez eu esteja esperando demais de alguem que não pode me oferecer nem metade. Eu sempre quis mais do que pude ter. Sempre esperei alguem melhor que eu, praticamente perfeito. Agora, quando ferida, penso se isso é praticamente perfeito? será que seria melhor não esperar? dar as costas e pensar em mim? Eu sempre esperei demais. E por esperar demais, caio sempre em passado. O passado amargo, com terríveis lembranças. Dias atrás que não saem de minha mente, fazendo com que, toda noite, eu chore, tenha pesadelos, reze pra acordar. Gritos. Vozes altas me fazem chorar. É a tua voz. Gritando comigo. E se nada for feito, vai ser assim sempre… pra sempre.

Tão Improvável

E novamente eu caio em contradição. Por mais que eu esteja bem, que eu não deseje sintir, eu sinto. Tudo volta, como se nunca tivesse saído de mim. Eu me lembro que enquanto eu usava salto, você usava chinelo. Enquanto eu queria ir no cinema, você queria ficar em casa. Enquanto eu preferia portugues, você amava arte. Enquanto eu dizia sobre música pop, você só falava de reggae. Enquanto meus olhos se esquivavam, os seus nem disfarçavam olhares sobre mim. Enquanto eu queria filme de terror, você queria comédia. Enquanto eu queria carne, você salada. Enquanto eu sentia ciúmes, você ria. Enquanto eu queria refrigerante, você queria suco. Enquanto eu preferia banho quente, você amava água fria. Enquanto eu me lembrava de datas, você se esquecia todas as vezes. São tantas coisas. Tudo me faz lembrar, porque em tudo existia nós. Nós tinhamos defeitos, qualidades, erros, acertos, ganhos, perdas, obstáculos, tudo como todos têm. Mas para nós pareciam tão maiores, tão extensos, quase sem fim. Porém, com o tempo, foram diminuindo, assim como a nossa proximidade. Foi-se. Com o vento, com o tempo, com a falta de tempo, deixando o espaço, um vazio. E então, enquanto eu queria mais amor, você pedia mais vida. Vida vazia, já que não existia amor, só vida por obrigação. Separação. Alguém sem ninguém dentro. Voce com um, dois corações dentro de um peito que, a cabeça, pedia vida.

sábado, 3 de julho de 2010

O diário secreto de Sarah - Parte I

Era de madrugada quando acordei. Meus sonhos havia me assustado terrivelmente. Logo após alguns minutos pensando em tamanha bobeira que havia me perturbado, percebi que não se passava da minha realidade. Ela não me abandona em nenhum momento, me acompanha sempre. Mesmo que eu implore, ela não me deixa nunca. A minha realidade consistia em coisas como: Jason e Dean.
Jason me desejava. Queria parte de tudo que era meu, e mesmo que eu quisesse dizer não, seu rosto angelical me fazia mudar de idéia na mesma hora. Sempre que queria, tinha seus braços me envolvendo. Porém, enquanto seus beijos me cobriam de prazer, eu imaginava Dean, com seus defeitos e qualidades me fazendo delirar. Dean tinha de ser meu Jason se sentia meu proprietário. Estávamos ambos sendo enganados.
Amanheceu e como de costume, eu havia dormido pouco. Fui a escola e estava desatenta. Minha cabeça só pensava em minha cama, meu quarto e em meus olhos fechados enquanto eu tinha sonhos ou não. Foi então que, quase dormindo, vi Dean vindo em minha direção e por distração, derrubei meus livros. Os olhos Dean encontraram os meus pela primeira vez. Eu me perdi. Ele sorriu e veio em minha direção. Abaixou-se para me ajudar. Eu o agradeci e assim que terminei de pegá-los, corri corredor afora. Ele, de longe, continuara me olhando e, creio eu, imaginando a quão tola eu fui. Que garota em plena faculdade deixa seus livros cair quando vê alguém que a encanta? É, este era o efeito de Dean sobre mim.
Aquele dia, as aulas haviam me deixado perdidamente estressada. Cheguei em casa e a primeira coisa que queria era um banho. Minha mãe havia preparado um discurso extremamente cansativo sobre como minhas tarefas domésticas haviam diminuído. Implorei para que ela fizesse silêncio e disse calma e em voz baixa:
- Tudo bem, mãe, amanhã voltarei a fazer todas as minhas atividades diárias.
- Muito bem, Sarah, pois não agüento mais fazer tudo sozinha. Você apenas estuda, pode muito bem me ajudar.
Recusei-me a responder. Estava cansada demais para movimentar meus lábios novamente ou pensar em algo que não deixasse minha mãe chateada e fosse gentilmente uma resposta decente.
Subi até meu quarto. Abri a porta e lá estava minha cama desarrumada. A preguiça estava me matando. Desde que comecei a faculdade não houvera um dia que arrumei minha cama antes de sair. Joguei minha bolsa com os meus livros em cima da cama. Retirei o uniforme, peguei a primeira toalha do armário. Enrolei-me nela e fui até o banheiro. Abri a porta. Não havia ninguém. Ótimo, poderia tomar meu banho sem que houvesse perturbação ou espera.
A água caia sobre minha cabeça e me fazia refletir sobre os acontecimentos daquela manhã. Dean havia me visto, creio eu que pela primeira vez. Ele era tão mais jovem de perto. Era educado. E simpático. Resolvi me privar de dar-lhe qualidades, afinal isso só me faria pensar cada vez mais em como ele era essencial a minha mente.
Victoria (Sim, este é o nome da minha mãe) estava gritando de um jeito que se tornou impossível não ouvi-la.
- Oi mãe, o que quer? – Perguntei sem paciência alguma.
- Nada, Sarah, só quero que saia deste chuveiro e venha almoçar. Está pronto.
Ela adora se intrometer. Em tudo. Agora até no banho! Antes que brigássemos, obedeci a suas palavras de “autoridade”. Sai do banho, me enxuguei, coloquei a toalha sobre meu cabelo molhado e desci para almoçar. Como previsto, houvera outra reclamação, típica de minha mãe.
- Já não te disse, mil vezes, que é uma tremenda falta de educação essa sua toalha na cabeça enquanto almoçamos. Você não perde uma oportunidade de me irritar, não? Parece que gosta!
- É que meu cabelo estava molhado, mãe, mas tudo bem vou tirá-la.
Perdi a fome. Uma colher de arroz com minha mãe me infernizando bastou. Resolvi ficar no meu quarto e não ver a cara da Dona Victoria durante uma boa parte do dia.
Perdi-me em minha cama. Aquele edredom em um tom de roxo escuro encobria meu corpo de um jeito confortante.

[...]

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Às vezes dói, as vezes não. Sempre esqueço, normal. Só as fotos e bilhetes de um relacionamento antigo me faz lembrar de nós. Sofrer. Chorar. Ás vezes. Só as vezes. Bem raramente. Quase nunca. Pronto, esqueci.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vida

Acordara sabendo. Preferiu esquecer. Lavou o rosto. Sorriu para si mesma. Se sentiu capaz de tudo e nada ao mesmo tempo. Tomou banho. Colocou a primeira roupa que vira no armário. Colocou uma sapatilha qualquer. Bagunçou o cabelo molhado. Olhou-se no espelho. Passou brilho labial. Sentiu-se em perfeito estado. Abriu a porta de sua casa. Sentiu-se livre. Sorriu para as plantas e animais. Festejou a alegria alheia. Ligou para amigas. Bebeu. Deu boas risadas. Esqueceu do passado. Desejou o futuro. Lembrou do passado. Deu mais boas risadas. Chorou as mágoas. Resolveu apagá-las. Sentiu o celular tocando. Olhou o nome conhecido. Ignorou-o. Tocou novamente. Atendeu com certa frieza. Sorriu por conseguir o que queria. Voltou a beber. Decidiu dançar. Procurou a melhor "balada" da região. Se acabou dançando. Bebeu mais. Deu verdadeiras gargalhadas. Agarrou um belo homem. Beijou três. Vomitou. Ficou horas sentada diante a um vaso sanitário enquanto as amigas curtiam a festa. Conseguiu carona de volta pra casa. Tomou banho. Rezou pedindo mais um dia. Alarme falso. Acordara sabendo, morreu dizendo: a vida só é vida pra quem sabe viver.

Enlouquecidamente aproveitada. Mesmo sendo em seu ultimo instante. Ou dia, tanto faz.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Você não sabe. Nem eu sei. E então nos entendemos em um simples sorriso ou sincero silêncio.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Break Your Heart

Você podia esquecer de mim por hoje. Podia ter esquecido ontem e esquecer amanhã. Podia esquecer meu nome, que eu sempre fiz questão de te lembrar. Podia esquecer minha voz e sentir nojo a ponto de não querer ouvi-la nunca mais. Podia esquecer minha respiração ofegante. Podia esquecer minhas caretas e gestos únicos. Podia esquecer meu cheiro e o jeito como mexia no seu cabelo. Podia esquecer meu sorriso ao te ver. Podia esquecer meu choro quando brigávamos. Podia esquecer meu vício por leitura e todos os meus hábitos diários. Podia esquecer meu número e de ler as mensagens antigas. Podia esquecer de me ligar dizendo bom dia. Podia esquecer meus seriados favoritos. Podia esquecer das tardes de verão que passamos juntos. Podia esquecer de todas as músicas que cantei enquanto estava com sono. Podia esquecer da minha cara de boba enquanto você piscava sonolento. Podia esquecer do meu abraço. Podia esquecer de todas as bobeiras ditas. Podia esquecer do dia que me conquistou, mas deve lembrar para sofrer o quanto sofri quando me deixou. Deve esquecer de viver como esqueci. Culpa sua. Lembranças que não vão sarar, que vão doer mesmo tentando cicatrizar. Como deve acontecer em você.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sono Profundo

Estranhamente fria. Assim que me senti depois daquele dia terrível. Havia doído como antes, do jeito que eu sempre esqueço. Parecia um sonho. Ou eu gostava de pensar que viver sem a respiração de Allan era um sonho.
Logo depois de tanta luta não houve jeito: mesmo assim ele estava decidido em partir. Allan me deixaria porque, dizia ele que, era incapaz de amar um ser tão complexo como eu. Complexa, eu? Talvez somente um pouco madura, mas para ele era difícil entender isso.
Voltei para casa andando e pensando que quando chegasse à minha porta ele estaria lá esperando. Não estava. Meu choro que antes era de perda, tornou-se de desilusão.
Prometi a mim mesma que depois de sofrer, não acordaria. Iria dormir até que tudo mudasse ou pelo menos melhorasse. Atordoada pelos meus próprios pensamentos, resolvi invadir meu edredom e engolir seco todas as lágrimas que me restavam (se é que restavam). Peguei meu calmante adquirido em uma farmácia qualquer e tomei. Desceu como fogo. Bebi a água contida em um copo laranja que estava no meu quarto desde a noite passada. Parecia que havia sido envenenada. Meu sono veio e ofuscou meus pensamentos, mas Allan ainda dominava algo: meu coração.
Supliquei que aquela coisa de batimentos descompassados parasse. Me obedeceu. Parou. Por toda a eternidade.

(Amanda Ferreira)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Assim como o ar me parece vital

De que adianta ter coração e não conseguir fazê-lo bater? Foi a única pergunta que consegui fazer ao meu cérebro. Depois que Nate foi embora, pra uma viagem talvez sem volta, eu não fazia nada além de lembrar: lembrar do tempo que meu coração tinha motivo pra bater, que meu corpo suava de prazer junto ao dele, que meu choro era feliz, que meu sorriso era bobo, que meus olhos lhe ofereciam minha sentença eterna: ficar perdidamente apaixonada por você. Não conseguia respirar. Estava tudo impossível. Meus olhos jorravam água como se fosse uma cachoeira. Queria Nate comigo.
Enquanto meu choro fazia eco naquele cômodo vazio de coisas úteis, meu celular insistiu em repetir aquelas palavras como uma facada: "é tão certo quanto o calor do fogo, e eu já não tenho escolha, eu participo do teu jogo". Chorei mais, pedindo pra que, pelo menos daquela vez, fosse a última. Mas antes que a música tocasse sua segunda vez, eu notei que não havia colocado. Ela tocara sozinha. Peguei o celular e lá estava teu nome, em perfeito estado, me ligando e pedindo que eu atendesse. Engoli as lágrimas e apertei atender. Era minha única solução.
"Quem disse que te abandonei?" disse ele com voz de riso, como se estivesse esbanjando motivo para sorrir.
"Ninguém precisa dizer. Você sumiu! Como ousa esquecer meu número?" respondi com certa frieza notável.
"Não esqueci. Nunca esquecerei. Só não pude te ligar e dizer que te amo antes."
"Não acreditarei mais, Nat. Isto não passa de uma mentira." Ele parecia amar meu sofrimento.
"Tudo bem, não vou insistir. Só quero que desça tua escada e venha até a sua porta. Pedi que um amigo deixasse um presente para você" Disse frio como gelo.
Desci, mesmo fingindo tamanho desinteresse, correndo para ver o que me esperava. Abri a porta e realmente, uma caixa branca de bolinhas pretas e laço laranja (ele sabia exatamente meu gosto) me esperava. Sua respiração desapareceu do interior do meu celular. Fechei-o e abaixei-me para pegar a caixa. Assim que levantei o encontrei. Lá estava Nate, como sempre amei, com sorriso bobo, totalmente apaixonado. Custou um largo tempo para acreditar que era verdade e que, mesmo depois de tudo que fizera a ele, ele me amava.
Seria assim eternamente? Sim, ele havia vencido e levado parte do meu coração com ele. Junto ao dele. Minha respiração voltara. Meu coração, em suas mãos, batia e ele achava graça nisto. Meus olhos condenavam: eu o amava agora. Para, talvez, sempre.

domingo, 18 de abril de 2010

O vento te trouxe aqui

Queria que meu cabelo voasse e levasse meus pequenos problemas pra longe como em uma balança; Que meu corpo se preocupasse somente na movimentação para balançar-me para frente e para trás; Que meu sorriso não saísse de meu rosto nem por um instante enquanto a brisa marinha invadisse meu ser de tal forma que me fizesse contemplar o mundo; Que minhas lembranças trouxessem seu nome em todos estes momentos.
Descobri que as balanças, após pararem, traziam todos meus problemas, dores, tristezas de volta e eu não podia evitar. Ao menos que você, com sua graça e ternura, aparecesse a metros de mim e me trouxesse segurança. É, somente assim eu saberia como é perder a respiração e mesmo assim sobreviver, sorrir se motivo algum e sobre o que necessito para obter a minha paz. Você.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Encaixe. Peito

Diversas vezes, em um mesmo dia, parei pra me perguntar sobre o que estava acontecendo afinal. Não conseguia encontrar respostas e aquela pontinha de agulha continuava a me cutucar. Profundamente. A cada vez que eu pensava em culpa, ela machucava mais forte. Não queria dor, não agora assim, tão rápido.
Eu era uma mentira. Uma grande decepção. Meu coração mentia quando parecia bater. Ele não existia mais, não dentro de mim. Estava perdido em certo peito que o fazia sentir vazio, sem amor. Eu precisava resgatá-lo, trazê-lo de volta pro seu lugar, pro meu lugar.
Toda vez que nos encontrávamos, nos olhávamos com angústia. Não havia mais entendimento entre nós. Eram sempre desavenças. Eu estava farta! Aquele peito oco que batia necessitava de um coração. Procurou, procurou, procurou, mas só encontrou um que preencheria pequena parte de tamanho vazio. Após tanta procura, descobri porque não encontrei. Acho que, na verdade, já sabia o motivo, mas custava a acreditar: em meu peito, só havia um coração que podia ocupá-lo, mas ele estava ocupado demais destruindo o meu pobre e inofensivo que adora, mesmo sem perceber, um sofrimento, coração. Não adiantava procurar, só você poderias ocupar aquele espaço com o teu e cuidar do meu.
Pra sempre.

(17 de Março de 2010) #

terça-feira, 16 de março de 2010

A chuva trouxe o que o sol secou, Love u

Dizem que grandes escritores apreciam belas fotos. Não diria que sou grande, quem dirá escritora, mas aprecio, sim, uma bela foto. Concordarei se houver alguém que diga: mas esta não é uma bela foto, existem melhores. O fato é que não foi uma simples foto que me chamou atenção. Foi o que descrevia tal. "A chuva trouxe o que o Sol secou. Love you." Parei pra refletir sobre o que aquela descrição queria dizer. Talvez a minha cabeça considerada ainda imatura não consiga compreender tão bem o verdadeiro significado desta frase, mas como tenho o poder das próprias conclusões, tive as minhas. Busquei em meu interior o entendimento para aquela expressão.
O sofrimento. A resposta estava apenas em tão pequena palavra. Não necessitava a autora de tal frase, embora fosse boa, escrever tudo isto. Podia resumir simplesmente a um coração dolorido. E depois, de tantas conclusões fáceis, percebi que eu enxergava aquela feliz foto assim porque eu, calada, sofria de amor.

(16 de Março de 2010) #

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A Hora Certa

Parecia mentira. Meus olhos custaram a acreditar no que estavam vendo. Era algo tão impossivel e estava acontecendo. Você havia pego minhas mãos de um jeito diferente. No começo eu não tinha entendido sua expressão preocupada, mas sabia que com o movimento dos seus lábios eu entenderia.
Você estava nervoso. Seus lábios tremiam e não conseguiam terminar palavras que pareciam tão fáceis antes de ouvir de você. Implorei para que respirasse e começasse novamente.
"Está tão difícil continuar fingindo que existe alguma coisa. Estamos nos destruindo. Tudo é tão dificil agora que você está distante mentalmente. Ter parte do seu mundo não basta há muito tempo. Acabou, Jordin, acabou."
Peter estava perdido, eu sabia disso. Não sabia o que estava dizendo, pobre coitado. Estava descontando seu momento de dor em mim. Ou não. Talvez ele estava certo. O fim seria inevitável se continuassemos como estavamos. Mesmo negando, havia infelicidade demais. Nem todos os momentos de felicidade que passamos amenizava nosso cansaço um do outro. Podia ter provocações, tentarivas de ciumes não nos atingiam mais. Assim como a vida, o nosso amor acabara. Assim como a agua em um copo, o nosso relacionamento chegando ao fim era a última gota. A gota que, por mais que não existisse mais "nada", era a mais dolorida. Mesmo não existindo mais nada, era melhor que o vazio.
Me levantei e decidi respirar, porque após uma notícia como essa, ficar ao teu lado não estava ajudando. Havia acontecido! Naquele momento minha opinião não valia de nada. Por mais que machucasse, eu concordava com Peter. E ainda acrescento que acredito que desde o começo foi ilusão. Uma perca de tempo desnecessária.
Te deixei ali, naquela praça, sozinho pensando no que acabara de fazer. Minha cama me chamava e eu precisava dela tambem.
Deitei para pensar e acabei dormindo. Há muito tempo não tinha bons sonhos, mas naquela tarde movimentada eu tive. Tudo era tranquilo, eu caminhava com uma paz muito diferente pra mim.
Seus olhos não me pertubavam mais. Peter havia me ajudado trazendo a verdade. Eu o amava, mas longe, sem brigas. Seguir não seria fácil, mas pensar que poderia ser o início de uma nova fase ajudava. O começo em um fim. A gota final de um copo tornou-se a esperança de que exista um copo infinito. Para Peter. Para mim.

(25 de Fevereiro de 2010) #

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Uma idéia mal analisada

Há alguns dias, estava eu, pensando sobre coisas que as vezes são dificilmente entendidas por mim. Começei a prestar atenção em coisas simples, como uma saudação, uma despedida, um motivo de riso, etc. Minha cabeça ferveu a partir de que analisei uma certa despedida: a tua. Tentei mil vezes enxergar somente o "tchau" e "beijo", mas infelizmente meus olhos não puderam evitar o tão pequeno mas gracioso "coração". Ele tocou profundamente todo meu corpo, me levou a nuvens inexistentes, mas para como toda ação existe uma reação, a minha não foi boa quando voltei ao meu estado de realidade. Me imaginei ao teu lado, te tocando, te desejando mais que hoje, te fazendo sorrir, te acariciando. Não obtive final. Não existirá nada com você, apenas no meu intenso desejo. Você é como um robô, ou é assim que devo enxergá-lo. É algo impossivel ao meu toque e eu tenho que começar desde agora a me conformar com isso.
Há exatamente um mês te presenciei em lugares tão proximos, mas nem imaginava o quão importante se tornaria. Pois bem, creio que nem você imaginava, tanto que nos deixou ir longe, longe mas com um curto prazo. Começa e acaba sempre em somente amizade.
Sei que estás confuso, que tem coisa demais em você agora, que não tem espaço para outra, mas eu não seria mais um espaço. Eu preencheria todos. Talvez eu esteja me confundindo, talvez eu te queira somente perto, comigo. Talvez esteja certa e meu lugar seja, daqui pra frente, em seus calorosos braços.

(22 de Fevereiro de 2010) #

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Quando tudo parece bem, algo me tira o sono. Às vezes, prefiro eu, não conhecer pessoas assim, que de repente se tornam tão importantes pra mim do que ficar como estou. Confusa. Qualquer pronuncia dizendo teu nome, ou até mesmo alguma letra que componha ele me deixa ansiosa. Aguardo a cada dia mais o próximo dia em que você vai me fazer sorrir ou simplesmente me cumprimentar. É, eu sei que devo viver e esquecer seu sorriso, seu olhar, seu perfume e até mesmo sua voz,mas isto se torna impossível a cada dia mais. Diversas vezes tento me distrair, fico distante, mas sei exatamente quando te encontrar, e isto não posso mudar. Mesmo que eu não queira, meu corpo me leva onde você está e me faz ficar feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por te ver, por estar com você. Triste por não poder nem ao menos te tocar.
Em tão pouco tempo, me dediquei a aprender tudo de você, mas eu vou me dedicar muito mais. Enquanto não souber tudo que me faça ter você, não vou descansar. Fim.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dor chamada amor

Está doendo muito. Uma dor que nunca passa. Que mesmo que eu deseje que eu faça de tudo, insiste em permanecer em mim, bem no local mais difícil de saná-la: meu coração. Parece uma ferida incurável, que com o tempo ela forma cascas, mas quando eu menos espero, essas cascas são retiradas contra minha vontade e fazem sangrar meu coração, que lateja de dor contra sua própria vontade. Eu preciso descobrir o que vai fazê-lo melhorar, ou talvez eu já saiba, mas não queira simplesmente acreditar. Algo tão impossível que me faz acreditar que estou louca e preciso de tratamento psiquiátrico urgente.
Acredito eu, que pelo fato de muitas vezes todas essas feridas com prazos intermináveis me fazerem sofrer tanto, eu quero achar a cura agora. Preciso saber qual remédio que vai fazê-las sarar e passar, durante horas, dias, meses, anos se assim for necessário para que essa dor insuportável passe. Dor da falta de sentimento, ou a grande quantidade de capacidade, mas a falta de oportunidade.
Enquanto em muitas das minhas buscas eu não encontrava nada, decidi desistir. E foi então,quando desisti,que me apareceu algo diferente. Não, eu não quero pensar mais nisto, não quero me ver desejando o fruto proibido. Não quero me ver proclamando sequer o nome daquele genérico que diz melhorar minha dor. Mas isso vai acontecer por quanto tempo? Quem me prova que daqui um dia a casca que foi formada e revestida por pele não vai sofrer outro arranhão ou até mesmo fratura exposta? Ninguém. E o pior é que somente eu, meu coração e o arranhão ou a fratura vai sentir a dor intolerável que vai me fazer rastejar, gritar, chorar, pedir pra parar e prometer nunca mais pensar sequer em senti-la novamente.
Então é sempre assim não é? Primeiro a busca cansável que nos leva a algo melhor. Depois a dor que não tem data para voltar. Aliás, ela já está doendo, porque não tem remédio, ele não existe, apenas no meu psicológico. Eu vou tratá-la, mas com o remédio certo: a frieza. Não quero coisas irreais e você, pra mim, é irreal. E pode ser que isto muda, ou também que continue assim. Tanto faz, mas não quero me ver sofrendo por algo que não tem a menor noção do que me causa. Não enquanto não vale a pena.

(12 de Fevereiro de 2010) #

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sorrir é mais dificil do que pensamos

Eu tentei, por diversas vezes depois de todos os acontecimentos de 2010, sorrir. É infelizmente é mais fácil se entristecer do que tirar proveito de coisas boas e ser feliz. Não que eu não seja, mas creio que falta algo, algo que eu não acho faz tempo. Como uma peça de um quebra cabeça que eu comprei e perdi. Quero encontrá-la, preciso encontrá-la, tornou-se uma necessidade pra eu ter a minha felicidade, o meu sorriso sincero.
Existem dias que eu acordo e imploro por apenas um nome: William. Eu quero, em troca de tudo, vê-lo sorrindo pra mim. É como uma injeção de alegria em meu corpo, estimulando-o a lutar e adorar a vida. Hoje é um deles. Quero-o comigo como se fosse meu irmão que eu posso dormir abraçada e acordar ganhando um beijo que me faz sorrir mesmo nos piores momentos. Ele tem esse poder, e sabe que tem, mas não é sempre que posso ter este poder somente pra mim. Meu futuro depende do sorriso e do seu abraço. Eu o desejo sempre, meu melhor amigo.
Engraçado, um texto que não teria sentido algum dar esta volta,deu,creio que a falta de inspiração e com tanta sinceridade por todas as palavras direcionadas a ele deu isso.

beijo.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Dor

Eu preciso falar. Meu coração anda muito dolorido, pedindo pra que meus lábios se movam e digam tudo que ele deseja. Ou talvez que meus dedos apertem botões que vão aliviar um pouco da pressão que existe nele. Sempre acho que enquanto escrevo os problemas vão encontrando suas soluções e tudo se ajusta como tinha que ser. Mas não. Não é porque me expresso que tudo se resolve, é porque escrevendo eu encontro meios para chegar ao ponto fraco (ou forte, como bem quiserem) da minha vida: o amor.
Tudo se movimenta ao redor dele em mim: o amor. Estou farta de sofrer, de lutar por algo que é tão inexistente em quem desejo, mas pra vencer este desafio, o desafio de não desejar esta pessoa, eu não encontro soluções nunca. Passam-se diversos minutos, horas, semanas, anos, meses e nada muda. Tudo no mesmo lugar, bem ao contrário de como deveria ser. Ou talvez isso seja o certo, porque talvez eu precise me libertar disto, que hoje só me causa mais dor. Eu preciso retirar todo o solitário amor que vive dentro de mim e procurar uma união, algo conhecido como felicidade.
Outra tarefa complicada: tirar-te de mim. Eu te quero tanto que a todo o momento eu te procuro em minha vida. Vasculho coisas e me faço sorrir com besteiras vividas "entre nós". Isso nunca existiu, e eu não consigo acreditar nisso! Nós. Que palavra bonita, soa tão familiar a mim, e a você? Nem ousa pensar nela, não é? Pois é, disto eu infelizmente sei muito bem, só me faço acreditar e cair em armadilhas mentirosas preparadas por mim mesmo pra evitar tamanho sofrimento. Que bobagem! Se não sofro hoje, sofrerei amanha e ninguém poderá impedir isto, nem mesmo que dê tudo em troca. Eu tenho que passar por isso pra poder me limpar, pra poder voltar a viver como eu desejo há tanto tempo e com alguém que sempre esperei. A partir de hoje, você sairá da minha vida, se depender de mim. Se um dia der o valor que sempre desejei, fará com que eu perceba isto e se tudo estiver como está e se o meu coração pertencer a você verdadeiramente, eu voltarei e então você o fará bater e não chorar em diversos lugares por onde passa tentando aliviar toda a pressão e difícil missão que é tentar se apaixonar por você todos os dias de sua vida. Ou ele descansará em você, ou em outro que tenha mais carinho, sinceridade a oferecer. Sem ofensas, mas hoje, eu e meu coração desistimos de você.

(26 de Janeiro de 2010) #

domingo, 24 de janeiro de 2010

My love

Agora eu sei que tudo ficará bem. Não sei bem, mas acho que você transforma tudo com a sua mágica que eu ainda não descobri. Minha felicidade sempre se torna maior quando você está comigo. Meu sorriso fica tão flexível e intocável quando é você que me faz sorrir. Eu odeio ter que admitir, mas eu amo ter você por "perto". Algo tão inesperado e incomum cresce dentro de mim a cada vez que você ri ou diz que - mesmo que seja pouco - gosta de mim.
Nada é por acaso. Você foi colocado no meu caminho e eu não quero que saia. Tudo bem, tudo poderia ser mais fácil, poderíamos ter liberdade pra nos vermos quando sentíssemos vontade e ponto. Mas tudo nos impede, são barreiras enormes que nos fazem cair inúmeras vezes, mas nada derruba o que tem dentro de mim, o que bate constantemente apenas pra alguém como você. Agora, só pra você.
Eu adoro descobrir sobre você. Saber que dois anos é muito pouco perto de todo tempo que podemos rir um do outro ou até mesmo brigar. Nem que me custe caro, mas eu te quero sempre junto a mim, me dando forças. Até a sua falta de atenção dirigida a mim me consome! Faz-me buscar você por todos os meios que posso e ter mais vontade de lutar por algo que é tão inexistente em você.
Continue dentro de mim, mesmo contra sua vontade. Continue vivo, fazendo o que faz que tire sorrisos intermináveis de mim. Seja tudo que eu nunca procurei, mas achei por ironia do destino e amei. Nada mais importa desde que você esteja em mim e um dia eu consiga lhe invadir como me invadiu há muito tempo e eu não quis me entregar. Hoje não há como fugir, tudo está em suas mãos.

(24 de Janeiro de 2010) #

William de Aquino Balmant s2.

É nada mais importa (: sei lá William de Aquino Balmant,quando eu passo meu dia com você,tudo fica absolutamente perfeito. foram dias e dias em que você esteve comigo durante um ano. tão pouco tempo, não? mas eu já tenho uma enorme confiança em você e, principalmente, um carinho e amor maior ainda. você é algo, pra mim, insubstituível.
O mundo não tem mais sentido sem seus abraços ou brincadeiras fofas. Mesmo ficando brava, eu adoro quando você me chama de pitchuquinha com aquela voz de criança, ou quando me chama de pequenininha. Quando me faz pagar micos como escrever no embaçado do vidro "linda, sou gostosa e tenho cara de cotoca". Quando me fez gritar que eu era lésbica (é mentira xemt!). Também quando tiramos foto e o cobrador olhava como se fossemos anormais. Quando nos esquecíamos do tempo conversando durante aulas intermináveis de inglês e eletricidade. Todas as vezes que te apresentei bandas e você roubava meu mp5 pra ouvi-las. As vezes que seu moletom virava meu e eu ficava a eternidade com ele. Ou quando nós falávamos mal da professora de português e ela no meio da sala nos olhando. As diversas vezes que estávamos aprontando e seu pai sempre chegavam. As mães na boca de amigos. A minha vida nas tuas mãos. Todos os conselhos dados. As confissões. A surpresa. O susto. A adaptação. Seus abraços. Seus beijos. Até nossas brigas (: mas nada muda, nem a nossa distancia de agora. eu te quero sempre como meu todo meu melhor amigo, e isso não vai mudar, eu não vou deixar!
Eu choro só de pensar em te perder e em como um ano passou muito rápido, minha vida inútil. Você vai ficar pra sempre, porque é uma parte de mim, certo? Eu já te disse que você é um remédio tão bom que alimenta e prolonga a minha vida e pensar que um dia eu posso ficar longe de você, me faz desejar mais e mais doses de você. Nunca se esqueça disso, meu amor.
E o mais importante, eu te amo e pra sempre com você eu quero estar, meu, todo meu absoluto eterno ponto em mim.
× eu me lembro do que você usou no primeiro dia. Você entrou em minha vida e eu pensei: hey sabe isso pode ser alguma coisa. Porque tudo o que você faz, e palavras que diz você sabe que tudo isso leva o meu fôlego e eu sou deixado com nada. Então, talvez seja verdade que eu não posso viver sem você. Talvez dois seja melhor do que um. Há muito tempo para descobrir o resto da minha vida e você já me pegou abrangida. Estou pensando dois é melhor do que um. Lembro-me de cada olhar, o seu rosto, o seu jeito de revirar os olhos, o jeito, o sabor. Você torna difícil respirar. Porque quando eu fecho os olhos eu vou longe, penso em você e tudo fica bem

Ele é tudo que faz muito bem ao meu coração (:
Eu te amo djhow, SEEEEEEEEMPRE amico s2.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Hoje eu resolvi desistir. Não de tudo da minha vida, mas sim o que não faz mais sentido lutar. Eu sofro me arrisco, me mato por dentro, dou vida a antigos sentimentos, choro, me iludo, pra que? Pra depois voltar a antes, quando não ligava. Vou voltar a ser o que eu era.

Vida banal

É engraçado. São 5 da manhã e eu estou pensando em tanta coisa pra dizer, tanta coisa que a mim seria um alivio "extrair", mas eu vejo que não tem sentido algum. É tão óbvio. O desejo é algo que devemos controlar, temos poder pra isso, mas nunca queremos. Às vezes é tão normal agirmos por impulso, como se fossemos morrer naquele exato momento e tudo que nos resta a fazer é tudo que sempre tivemos vontade.
Ultimamente um desejo me persegue: de expressar meus sentimentos. Eu sei que necessito me abrir, fazer tudo que estou com vontade, mas não consigo.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Final feliz

Estava revendo coisas importantes pra mim e achei diversas. Querem exemplos? Tudo bem, os darei.
Dia dezesseis de fevereiro de dois mil e oito. Eu conheci alguém tão importante a mim. Alguém que em uma brincadeira me mostrou coisas que eu queria enxergar a tanto tempo. Uma pessoa que até aquele momento pertencia a "minha filha”, mas depois eu sabia que pertenceria a mim, faria parte do meu destino. Eu te amei desde o primeiro momento, mesmo sabendo que era um amor tão impossível e irreal. Te desejei durante meses, te fiz mentir pra mim durante meses e de nada adiantou.
Dia doze de janeiro de dois mil e nove. Foram tão importantes suas lágrimas e verdades. Você me mudou e mostrou que tinha mudado que algo existia dentro de você. Todas as verdades foram ditas, o meu amor por você que estava ali, encolhido, quieto, com receios, reacendeu como uma chama muito forte dentro de mim. Você era parte de mim, era minha vida e nada mais me importava.
Mas o tempo foi passando, e eu fui te esquecendo. Até que em junho eu queria você comigo e outra pessoa me apareceu. Eu não resisti, e, definitivamente te escondi dentro de mim. Por um tempo, achei que era a coisa certa a fazer, já que havia tantos obstáculos entre nós, mesmo com todas as declarações e confissões. É, mas foi só no começo.
Eu percebi tarde demais que eu havia feito as escolhas erradas, e meu choro não te causou nada - ou talvez riso. Arrependo-me perfeitamente de todo tempo perdido, de toda oportunidade perdida. Ao invés de estar aqui, nas férias de inverno, eu poderia estar junto a alguém que me fez verdadeiramente bem durante um largo espaço de tempo. Eu troquei o tudo pelo nada.
Hoje, tudo está na fase de adaptação, tudo está voltando ao dia doze de janeiro de dois mil e nove, quando todas as verdades foram ditas sem peso e dores futuras. Eu não preciso de mais nada e isto é tão certo e verdade! Eu te amo, e são tão reais os sentimentos dentro deste tão vago espaço que existe. Na realidade, acho que a única certeza é essa, você. Eu nunca sei o que dizer quando suas melhores falas são ditas pra mim. Eu nunca sei como agir quando te vejo.
O inicio do nosso próximo capitulo vai ser dia dezessete de janeiro de dois mil e dez. engraçado, depois de quase dois anos que nos conhecemos, algo marcante vai iniciar - creio eu - algo tão já concreto, certo.
Eu te amo e pra sempre com você eu quero estar. Você saber disso me basta. Apenas isso. Eu te amo s2.

(15 de Janeiro de 2010) #

Mudança já

Eu preciso me desconectar do mundo. Preciso de pessoas diferentes. Preciso de um mundo diferente. Preciso de inovação. Preciso de atenção. Preciso de superação. Preciso de concentração. Preciso de decisão. Preciso de menos complicação. Preciso de carinho. Preciso de pensamentos benéficos. Preciso dos benéficos. Preciso achar o verdadeiro sentido da palavra vida. Preciso achar você. Preciso que você se encontre! Preciso de felicidade. Preciso escrever mais. Preciso de imaginação. Preciso acreditar. Preciso não sonhar tanto. Preciso tentar. Preciso saber que posso errar. Preciso tentar novamente. Preciso aceitar. Preciso perdoar. Preciso amar. preciso aprender a te amar do jeito que você precisou saber me amar.

(15 de Janeiro de 2010) #

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Eu não tenho muita coisa pra falar pra você. Não agora. Mas o meu coração transborda dor só de pensar no futuro, em algum dia ficar sem você, sem seu sorriso, suas brigas, seus poucos carinhos, nosso pouco afeto, sua face, seu charme, sem minha vida. Se te perco, eu me perco. Não encontrarei saída pra continuar, pra enfrentar o resto do mundo infernal que ambas hoje vivemos. Desculpa pelas decepções, eu lamento de verdade e me esforço a cada dia mais pra te orgulhar, do meu jeito, mas me esforço. Eu sempre estarei aqui, mesmo que não tenhas mais nada, terá o meu sangue em você, porque assim estaremos ligadas mesmo depois de tudo. Tens a mim sempre, e não se esqueça disso. Pode se esquecer de tudo mãe, mas nunca do amor sem outro igual que sinto por ti, vida minha. Eu te amo. É eterno, musa s2.

(07 de Janeiro de 2010)

I see you let cry

Assistir a programas que te fazem pensar na vida, no passado, no mundo, no presente, no que está por vir, às vezes, nos faz bem.
O passado muitas vezes nos condena. A vida nos faz tirar conclusões precipitadas que normalmente depois percebemos que são erros irreparáveis. Eu não vi alguém chorar, como diz o titulo. Eu me vi chorando e por coisas tão banais que hoje eu não me permito repetições. Não vou mais me render a coisas desnecessárias porque não vai me trazer nada além de tristeza. Preciso me libertar do meu passado - ou pelo menos parte dele -, esquecer que um dia eu desejei todos os acontecimentos e os pior, deixei que acontecesse.
Mas se eu parar pra pensar quando vou fazer isso - me libertar do passado - eu não encontro no futuro. Está no presente. É, necessito começar a partir do dia da decisão, como se fosse um processo lento. e então,daqui há alguns dias,outro fato poderá retirar tudo da minha memória e deixar apenas a novidade em mim. Talvez uma festa, talvez um apego a mais a família, talvez um apego a mais aos amigos de verdade, talvez a paz interior. Talvez uma viagem. E assim eu espero encontrar a tal da felicidade, que todo mundo depois que cansa de procurar, acha. Eu já cansei, mesmo!

(06 de Janeiro de 2010)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Bye 2009

A mudança de um ano pro outro é uma coisa incrível, não? Bom, pelo menos pra mim sim. Eu sempre consigo enxergar mais que durante os 364 dias do ano, consigo ver a luz no fim do túnel, consigo me animar pro ano que está vindo e me entristecer pelos erros.
Dois mil e nove foi um ano cheio de erros, desde seu inicio. Querem exemplos? Tudo bem darei diversos que os farão ficarem assustados como uma pessoa pode ser tão azarada em apenas um ano dentre tantos de sua vida.
Primeiro. Logo no começo do ano, tinha a felicidade em minhas mãos: era correspondida no amor, coisa que muitas meninas desejam. Recebi uma declaração linda no dia da virada de 2008 para 2009, como "mesmo estando longe pertenço a você e quero que pertença a mim" ou "eu te amo, queria estar com você ai, mas infelizmente isto nos separa: a distancia". Sim, eu não quis isso. Tudo bem meninas, não se revoltem comigo, eu não sabia que era tão bom até perder. Ou melhor, trocar esta perfeição por uma criança que era uma farsa na questão "amor". Bom, isso demorou um pouco. Na verdade, troquei isso pelo nada, creio eu, e depois encontrei algo do tipo "só para ter algo". Adivinhem? Isso, não durou nada! Os dois meses mais falsos da minha vida. Era tudo uma mentira onde eu sempre acreditei, acreditei no impossível, irreal. Vida amorosa: destruída! Em apenas um ano! Sou fantástica.
Segundo. Percebi o valor das amizades e o quanto as pessoas podem ser interesseiras. Perdi pessoas que eram essenciais a mim, mas depois percebi que nada é duradouro quando não existe verdade. Era tudo uma mentira e eu tive que evoluir amadurecer e perceber que é mais fácil lidar com a perda do que a mentira eterna.
Eu não quero mais escrever. A mim já basta minha infame vida inútil com duas decepções em 2009. Quero inovações. O pior erro é aquele que não deseja essas repetições, mas repete a si mesmo o quanto tudo foi ruim. A boa guarde no nosso interior. As ruins? Ora, por favor, jogue pela janela em uma ponte com um enorme rio passando abaixo pra ver se aquela correnteza leva toda a infelicidade embora.
Aquilo que era vazio foi embora pra não voltar mais! Adeus ano velho, feliz ano novo. Com tudo novo, amém!

(04 de Janeiro de 2010) #